Amas-Brasil

 
Ser pai e mãe ao mesmo tempo...
No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70, engravidam hoje em dia (Referência).
A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos e começam por estradas erradas sofrendo muitas vezes preconceito.
“Meu namorado era do tipo bonitão, tinha dinheiro, podíamos sair e nos divertir. Quando minha menstruação não veio, percebi que havia algo errado. Como ia contar para minha mãe? Como isso aconteceu comigo? Eu só tinha 16 anos e não sabia o que fazer.” -  Nicole.
"Com 12, parei de estudar, aos 13 engravidei e aos 16, quando achei que tinha encontrado o rumo e o amor da minha vida, tudo virou de cabeça para baixo novamente. Perdi uma pessoa que amava, fiquei novamente desamparada e com mais um filho nos braços. pois o pai dele morreu baleado quando faltava um mês para ele nascer". - Carolina

Mãe e Mulher 
A mulher cansou de ouvir aquela história de que mulher não sabe consumir, que é compulsiva, que homem é mais racional, certo?

Errado!

O estudo dos gêneros nos mostra que as mulheres são muito mais atentas aos detalhes dos produtos e muito mais exigentes quanto ao ambiente que a cerca.

Por que?
Porque nós temos prática! Biologicamente falando, enquanto na pré-história os homens saíam para caçar, as mulheres sempre foram voltadas para o lar, o que criou em nós uma capacidade para escolhas mais habilidosas. Se olharmos a esfera cultural, vemos que as a primeira atividade social feminina foi a de comprar, já que antigamente as mulheres ficavam em casa enquanto seus maridos trabalhavam e saíam só para abastecer o lar ou se distrair com compras.

Ok, ok, mas e agora? Evoluímos, ingressamos no mercado de trabalho e hoje somos algo como 3 bilhões de consumidoras ao redor do mundo. Estudos indicam que possuímos 70% do poder de decisão de compras no lar, já que mesmo quando os queridos dizem precisar de algo, nós é que pegamos sua mãozinha e o arrastamos para a loja para comprar de fato. E não somos levianas! A psicologia indica que nós, mulheres, temos a necessidade de explorar, avaliar, pedir, indagar, comparar e só então escolher. (É que fazemos isso tudo rápido né meninas? rs.)
Mas a propaganda ainda tem um longo caminho a percorrer quando o assunto é mulher. Uma pesquisa realizada pela agência Leo Burnett em sete países, entre eles o Brasil, mostrou que a maioria das consumidoras rejeita boa parte das mensagens veiculadas, isso porque nosso gênero ainda é muita vezes representado através de clichês. Então como nos agradar? Segue algumas dicas:
• Mulheres adoram experimentar e comparar produtos (marketing de experiência, por favor!)
• Gostamos de produtos pensados para nós, como por exemplo um carro que tem bastante espelho e porta trecos. Sem adaptações baratas. Pense em mim, liga pra mim, crie um produto para mim…não, não crie para ele, não só para ele.
• Gostamos de comunicação com humor inteligente e sutilezas. Podem falar de sexo, mas com bom gosto, obrigada!
• Não precisa colocar o manual do produto na propaganda, mas informações práticas são muito bem-vindas. Queremos saber como o produto pode melhorar nosso dia-a-dia.
• Gostamos de ganhar descontos e benefícios...

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Em um período marcado pela fragmentação dos debates sociais, pelo aprofundamento dos problemas coletivos, pela ampliação das reivindicações das organizações populares, a questão posta pelas mães solteiras é a visibilidade de uma situação antiga que percorre nossa existência, e até hoje se esconde sob nossos olhos. As mulheres ao longo de sua trajetória de luta desnudaram a desigualdade de que eram vítimas, afinal estavam presentes em toda a História, mas foram omitidas, escondidas. Sair do espaço privado para o público, ter direito ao trabalho, à educação, ao voto foram conquistas que até hoje precisam ser plenamente estabelecidas para o conjunto das mulheres.
Mas existem mulheres que vivem até hoje sob um conjunto singular e silencioso de opressões por sua situação de mães solteiras. As desigualdades se somam e apresentam juntas. Os direitos sexuais, não se encontram plenamente garantidos, assim para a mulher viver plenamente sua sexualidade há um caminho por ser trilhado e conquistas a serem buscadas. A gravidez para a mulher ainda não é dissociada do exercício de sua sexualidade. Ter ou não ter filhos ainda não é uma decisão partilhada, refletida por dois.

A gravidez para as mães solteiras marca o início de um processo discriminatório, marca o abandono do companheiro à mulher, do pai à criança. Este abandono em geral segue-se do abandono dos pais e familiares, do olhar reprovador de toda uma sociedade. Estas mulheres convivem com a urgência de uma vida por chegar, com a necessidade de suas sobrevivências. Esta gravidez que se estabelece fora de um casamento, sem um ‘papel passado’ coloca uma mulher e uma criança sob a crítica coletiva pelo exercício da sexualidade feminina que se confunde com sua capacidade reprodutiva.
O reconhecimento paterno tem dois horizontes, o legal-formal e o afetivo-social. Estes dois aspectos precisam ser refletidos. Os filhos e filhas de mães solteiras vivem uma realidade de busca pela relação rompida e é preciso buscar caminhos que sensibilizem estes homens para o fato de que também não são plenos nesta negação. Escolher qual filho ou filha reconhecer é um poder que tem sido conferido aos homens em nossa sociedade machista e patriarcal, um poder que os fragmenta, pois reforça o caráter despedaçado do masculino e do feminino para que as atuais desigualdades possam persistir e reproduzirem-se.


A Lei 8.560 de 29 de dezembro de 1992, que regula a investigação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento, completa 16 anos sem razões para ser comemorada. A lei não causou mudanças reais para mães solteiras que buscam o reconhecimento paterno de seus filhos e filhas. A luta pelo reconhecimento paterno enfrenta caminhos difíceis, embora hoje o exame de DNA tenha se estabelecido como mediador da verdade destas mulheres. A ciência tem o seu papel positivo, mas cria um incômodo sistêmico quando aufere às mulheres sua verdade.


Romper com este círculo significa estabelecer iguais responsabilidades na concepção e criação dos filhos e filhas. Significa repensar quantas desigualdades ainda passam despercebidas sob nossos olhos, e que a lutas das mulheres ainda tem muitas conquistas a serem buscadas. A luta das mães solteiras apresenta a necessidade de uma profunda reorganização desta sociedade para que possamos pensar em uma vida mais plena para todos e todas.


Mônica Vilaça é pesquisadora da Associação Pernambucana de Mães Solteiras e do Fórum de Ações Populares
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AMAS - ASSOCIAÇÃO DAS MÃES SOLTEIRAS DO BRASIL

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